Bem-vindos

Espaço destinado aos alunos do curso técnico em química do CIMOL e todos seus colaboradores.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SIMULAÇÃO DA CINÉTICA DAS REAÇÕES

Simulação da cinética das reações e fatores que influenciam na velocidade das reações:




Outras em: http://phet.colorado.edu/en/simulations/category/chemistry

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

NOBEL DE QUÍMICA 2011

O Nobel de Química 2011 foi nesta quarta-feira para o israelense Daniel Shechtman, o autor da descoberta dos quasicristais, feito que revolucionou "de forma significativa" o modo de conceber a matéria sólida, segundo a Real Academia das Ciências sueca.
Até a descoberta de Shechtman em 1982, acreditava-se que os átomos em qualquer material sólido eram formados de cristais de padrões simétricos que se repetiam de forma periódica.
Mas Shechtman encontrou o que então se considerava uma "impossibilidade", estruturas em que os átomos são formados por um padrão que não se repete, como os mosaicos árabes do palácio da Alhambra de Granada, exemplificou no anúncio da láurea a Real Academia sueca.
A importância do achado do cientista israelense repousa antes de tudo em "seu significado para a pesquisa básica", a centrada no conhecimento dos princípios fundamentais da natureza, assinalou na entrevista de apresentação do prêmio Sven Lidin, membro do Comitê Nobel de Química.
Embora muitos quasicristais tenham sido produzidos em laboratórios, também estão presentes na natureza, como em mostras de minerais no rio russo Khatyrka.
Aparecem em um dos tipos de aço mais duros do mundo, os usados para produzir lâminas de barbear e finíssimas agulhas para cirurgias oculares.
Os cientistas experimentam na atualidade os quasecristais em outros produtos como frigideiras e motores a diesel, e são utilizados também em coberturas protetoras antiaderentes por sua condição de mau condutor da eletricidade e sua dureza.
Nascido em Tel Aviv em 1941 e associado ao Instituto Israelense de Tecnologia de Haifa, Daniel Shechtman realizou sua descoberta durante uma temporada como pesquisador no Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia em 1982, nos Estados Unidos.
Ao estudar uma liga de metais de alumínio e manganês de aspecto estranho, Shechtman decidiu recorrer ao microscópio eletrônico, que revelou uma imagem aparentemente ilógica: uma estrutura com simetria décupla, um tipo de cristal que a tábua internacional de cristalografia da época nem sequer reconhecia, uma impossibilidade.
Após submeter o cristal - depois conhecido como quasicristais ou sólido quasiperiódicos - várias experiências para descartar que se tratasse de um agrupamento simétrico de cristais idênticos, descobriu-se que na realidade sua simetria era quintupla, igualmente impossível nas concepções científicas da época.
Quando apresentou seu achado, deparou-se com a incompreensão e o descrédito dos colegas, e seu chefe no laboratório acabou convidando-o a deixar o grupo de pesquisa.
Uma tentativa inicial de publicar um artigo sobre a descoberta em uma prestigiosa revista foi negada. Graças ao apoio de outros colegas, que acreditaram na veracidade de suas pesquisas, saiu à luz em novembro de 1984 o estudo.
Obter uma ampla difusão na imprensa científica provocou ainda maiores críticas no mundo da cristalografia, uma ciência cuja verdade fundamental - que todos os cristais consistem de padrões que se repetem de forma periódica - ficava ameaçada.
Mas também provocou a curiosidade de outros cientistas, que contribuíram para conhecer o conteúdo dos quasicristais, nos quais a relação das distâncias entre seus átomos está vinculada ao número áureo, número irracional descoberto pelos matemáticos da Antiga Grécia com aplicações na arte e usado no misticismo.
A concessão do Nobel de Química a Daniel Shechtman, que levará o equivalente a R$ 2,7 milhões fechou a rodada dos prêmios científicos.
A Academia Sueca revelará nesta quinta-feira o vencedor do prêmio de Literatura e no dia seguinte o Instituto Nobel Norueguês divulgará em Oslo o da Paz. Na segunda-feira será a vez de conhecer o ganhador da última categoria, a de Economia.